terça-feira, 1 de maio de 2012

EMAGRECER POR MILAGRE??

Esclarecimentos sobre o risco do uso inadequado do produto Victoza:

Em relação à reportagem intitulada "Parece Milagre", edição número 2.233 da revista VEJA, de 07/09/2001, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclarece que o Victoza é um produto "biológico". Ou seja, trata-se de uma molécula de alta complexidade, de uso injetável, contendo a substância liraglutida. O medicamento, fabricado pelo laboratório Novo Nordisk, foi aprovado pela Anvisa para comercialização no Brasil em março de 2010, com a finalidade de uso específico no tratamento de diabetes tipo 2. Portanto, seu uso não é indicado para emagrecimento.

A indicação de uso do medicamento aprovada pela Anvisa é como "adjuvante da dieta e atividade física para atingir o controle glicêmico em pacientes adultos com diabetes mellitus tipo 2, para administração uma vez ao dia como monoterapia ou como tratamento combinado com um ou mais antidiabéticos orais (metformina, sulfoniluréias ou uma tiazollidinediona), quando o tratamento anterior não proporciona um controle glicêmico adequado".

Por tratar se de um medicamento "biológico novo", o Victoza, assim como outros medicamentos dessa categoria, estão submetidos a regras específicas tanto para o registro quanto para o acompanhamento de uso após o registro durante os primeiros cinco anos de comercialização. Além disto, o produto traz a seguinte advertência no texto de bula: "este produto é um medicamento novo e, embora pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso informe seu médico."

Para o registro do produto foram apresentados os relatórios de experimentação terapêutica com estudos não clínicos e clínicos Fase I, Fase II e Fase III comprovando a eficácia e segurança do produto, para o uso específico no tratamento de diabetes tipo 2.
É importante destacar que além dos estudos apresentados para o registro, encontra-se em andamento um estudo Fase IV (pós registro) para confirmação da segurança cardiovascular da liraglutida. Os resultados deste estudo podem trazer novas informações a respeito da segurança do produto.
O laboratório fabricante já enviou à Anvisa três relatórios sobre o comportamento do produto, trata-se do documento conhecido como PSUR (Relatório Periódico de Farmacovigilância). Além disto, o Novo Nordisk decidiu incluir, em junho de 2011, em seu Plano de Minimização de Risco (PMR) a alteração da função renal como um potencial efeito adverso do uso da medicação.
Nos estudos clínicos do registro e nos relatórios apresentados à Anvisa foram relatados eventos adversos associados ao Victoza, sendo os mais frequentes: hipoglicemia, dores de cabeça, náusea e diarreia. Além destes eventos destacam-se outros riscos, tais como: pancreatite, desidratação e alteração da função renal e distúrbios da tireoide, como nódulos e casos de urticária.
Outra questão de risco associada aos produtos biológicos são as reações de imunogenicidade, que podem variar desde alergia e anafilaxia até efeitos inesperados mais graves. No caso da liraglutida a mesma apresentou um perfil de imunogenicidade aceitável para a indicação como antidiabético, o que não pode ser extrapolado para outras indicações não estudadas, por ausência de dados científicos de segurança neste caso.
Para o caso de inclusão de novas indicações terapêuticas deve-se apresentar estudo clínico Fase III comprovando a eficácia e segurança desta nova indicação.
A única indicação aprovada atualmente para o medicamento é como agente antidiabético. Não há até o momento solicitação na Anvisa por parte da empresa detentora do registro de extensão da indicação do produto para qualquer outra finalidade. Não foram apresentados à Anvisa estudos que comprovem qualquer grau de eficácia ou segurança do uso do produto Victoza para redução de peso e tratamento da obesidade.
Conclui-se pelos dados expostos acima que desde a submissão do pedido de registro a aprovação do medicamento para comercialização e uso no Brasil, a Anvisa fez uma análise extensa e criteriosa de todos os dados clínicos que sustentam a aprovação das indicações terapêuticas do produto contendo a substância liraglutida, através da comprovação de que o perfil de eficácia e segurança do produto é aceitável para indicação terapêutica como antidiabético.
A Anvisa não reconhece a indicação do Victoza para qualquer utilização terapêutica diferente da aprovada e afirma que o uso do produto para qualquer outra finalidade que não seja como anti-diabético caracteriza elevado risco sanitário para a saúde da população."

Laser lipólise

A laser lipólise já existe no mundo há muitos anos, mas não obteve muito público no Brasil provavelmente devido ao custo mais elevado que apresentava. Oferece uma recuperação mais rápida com um retorno mais rápido às atividades, menos dor e uma menor quantidade de equimoses após o procedimento.

Praticamente qualquer pessoa com boa saúde e que possua uma ou mais áreas de acúmulo de tecido adiposo que teimam em não responder bem à dieta e exercícios físicos, pode se candidatar à lipolaser. Vale lembrar que, como na lipoaspiração tradicional, não é um método de emagrecimento; necessitando que o paciente esteja pelo menos próximo do seu peso ideal.




Na lipoaspiração tradicional, dependendo da localização e do volume de gordura retirada, é possível ter como consequência flacidez de pele. O lipolaser oferece um efeito adicional de retração e melhora da qualidade da pele por estímulo da produção e contração do colágeno. Previne e trata alguns graus de flacidez além de poder ser utilizado no tratamento de celulite com resultados muito interessantes. Por isso, seu uso é considerado ideal para determinadas regiões como na face(ex: queixo duplo), pescoço, braços, parte interna da coxa, joelhos, culote, aquela gordurinha das costas que fica na altura do sutian, ginecomastia e praticamente qualquer área de pele frouxa e flácida. Não há necessidade de utilizá-lo na maioria das áreas corporais com pele mais grossa e com boa elasticidade.




A idéia é uma lipoaspiração menos agressiva que a tradicional, utilizando cânulas bem finas (1 a 3mm) inseridas por incisões mínimas. Há um menor trauma tecidual com menor lesão de outras estruturas. Na extremidade da cânula está posicionado o laser que possui efeito térmico “derretendo” as células de gordura e promovendo a coagulação dos vasos sanguíneos que são proporcionalmente menos lesados. O resultado é uma menor perda sanguínea e menor equimoses. O laser ao entrar com as células de gordura, leva a ruptura pelo calor emitido e produz um líquido viscoso, formado por gordura e detritos das células rotas.



A luminosidade do laser pode ser vista através da pele também auxilia ao cirurgião na localização da cânula, contribuindo para a segurança do procedimento. Por serem utilizadas incisões tão diminutas, na imensa maioria das vezes são desnecessários os pontos cutâneos para fechá-las.

Quando a região de intervenção é pequena, como o pescoço, flancos ou braços; pode nem haver necessidade de aspirar a gordura dissolvida pelo laser. Ela pode e é absorvida e eliminada pelo próprio organismo. Se a área tratada é mais extensa ou possui um panículo adiposo mais espesso, procede-se a aspiração do líquido resultante através de uma cânula com diâmetro menor que as usadas tradicionalmente. A anestesia pode ser local.

É necessário saber que gordura derretida não pode ser reaproveitada para enxertia como se poderia fazer em uma lipoaspiração tradicional. Continua sendo um procedimento cirúrgico com riscos e deve ser realizada por um profissional com treinamento adequado (Cirurgião Plástico Especialista com treinamento em lipolaser). Um superaquecimento, por exemplo, pode provocar graves danos ao tecido. É uma técnica mais cara e demorada que a lipoaspiração tradicional e o acréscimo de custo do aparelho.



Após cerca de 3 meses, pode ser até difícil encontrar os pontos de inserção do aparelho, ou indícios de que foi feita alguma lipoaspiração. A pele contrai com o tecido cicatricial que substitui a gordura derretida. Só que é impossível saber qual o grau de retração que sua pele vai ter. Alguns pacientes têm uma ótima retração enquanto outras têm apenas uma leve. Não há como predizer o grau de retração de sua pele já que as peles reagem diferentemente ao laser inclusive numa mesma pessoa.

O preço mais elevado é compensado por menos dor e volta ao trabalho mais cedo. O tempo maior (um a duas horas a mais) é amplamente compensado por duas ou três semanas a menos na recuperação. Se for necessário gordura para enxerto, ela pode ser retirada de outra área, da forma convencional.

Após a cirurgia, costuma-se recomendar repouso relativo dos movimentos. Nos dias seguintes, evitar uso de anti-inflamatórios e anti-agregantes plaquetários como aspirina ou qualquer substância que possa interferir na coagulação sanguínea. Além de evitar fumo dos dias subsequentes ao procedimento. Recomenda-se 10 a 15 sessões de drenagem linfática.

Cintas compressivas também são importantes no processo de recuperação. Elas estimulam a cicatrização e previnem mudanças indesejáveis nos tecidos afetados pelo procedimento. Ainda previnem equimoses e hematomas.

Existem dois aparelhos de laserlipólise no mercado atualmente: O Slim Lipo e o Smart Lipo. O último utiliza a tecnologia do Nd YAG, enquanto o Slim Lipo possui dois tipos de laser. O objetivo é o mesmo: quebra das células de gordura e retração cutânea por estímulo da produção de colágeno, reduzindo a flacidez. O que muda basicamente é o protocolo de utilização.

Contra-indicações: fumantes, portadores de doenças cardíacas, hepáticas e renais e ainda aquelas que fazem uso de medicamentos anticoagulantes.

Ele ainda pode ser utilizado no tratamento de hiperhidrose e osmohidrose axilar, além de lipomas e áreas de celulite.



Fonte de Imagens: Veja online, Jornal Correio Braziliense, Caras.

Tipos de Lipoaspiração Atuais - Apenas descritivo

Fonte: Jornal Correio Braziliense