sábado, 2 de julho de 2011

LIPOASPIRAÇÃO? LIPOESCULTURA? HPLA? HIDROLIPOASPIRAÇÃO? MINILIPO? QUAL A DIFERENÇA?

Lipoplastia é o termo usado de forma genérica para o tratamento da gordura subcutânea com finalidade estética. Lipoaspiração é o nome dado à intervenção cirúrgica onde se aspira os excessos gordurosos do contorno corporal. Lipoescultura é a técnica em que se realiza tanto a aspiração quanto a injeção de gordura em diferentes locais visando uma melhora do contorno corporal.
Ao francês Yves Gerard Illouz é dado o título de pai da lipoaspiração. Muito já avançou, mas os princípios preconizados por ele ainda são utilizados: solução hipotônica para facilitar a aspiração e diminuir o sangramento, cânulas rombas com orifícios laterais, túneis nos tecidos gordurosos, incisões pequenas em lugares pouco visíveis.



HLPA se refere à hidrolipoaspiração, o que na verdade é uma estratégia de lipoaspiração. A lipoaspiração pode ser realizada pela técnica tumescente (ou intumescente) onde se injeta uma solução antes de fazer a aspiração da gordura, ou pela técnica seca, onde se aspira diretamente com a cânula. Foi demonstrado por estudos como o de Klein e Samdal, que na técnica tumescente, para cada 1000 ml de gordura aspirada podemos encontrar cerca de 9,7ml de sangue. Na técnica seca o percentual pode chegar a 30-40% de sangue no volume aspirado.

De acordo com a técnica tumescente (também chamada úmida), é injetado uma solução fisiológica com adrenalina bem diluída e dependendo do cirurgião, uma associação com anestésico local como a xilocaína. Com a injeção dessa solução, provoca-se a hidrodissecção da gordura. Com a formação dos túneis em diferentes níveis do subcutâneo é possível a remoção de coleção de gorduras e correção de irregularidades do contorno.



A gordura injetada deve passar por um tratamento de forma a retirar resíduos celulares e de sangue por exemplo. São feitas enxertia com filetes ou túneis de no máximo 3mm de diâmetro para que se promova a neovascularização. Com isso, podemos tratar depressões superficiais, depressões de celulite, sulcos, determinadas rugas e cicatrizes deprimidas. Não necessariamente tudo que se injeta procurando através da lipoenxertia “faz a pega”. O que se mantém do resultado é um somatório da quantidade de fibrose induzida e número de adipócitos viáveis. Esse último depende também do local anatômico, mobilidade e vascularização da área receptora. Claro que eventuais doenças de base também podem interferir.



A lipoaspiração não pode ser encarada como um método de emagrecimento. Ela serve para tratamento de gordura localizada – aquelas que teimam em continuar a despeito de dieta, exercícios e emagrecimento. São exemplos de áreas a serem tratadas: papadas, culotes, glúteos, cintura, flancos (chamados "pneuzinhos"), coxas, nádegas, pernas, joelhos, tornozelos, braços, costas, e pescoço. Deve-se ainda, observar as condições de contração da pele para acomodação do novo volume tecidual. Cada região do corpo responde com uma capacidade de contração diferente, além da variabilidade de capacidade de contração cutânea de cada indivíduo.



Já no segundo dia após o procedimento, a paciente pode ir retornando aos poucos às suas atividades diárias desde que se sinta capaz e que use a cinta compressiva. Essa deve ser usada por pelo menos 30 dias no pós operatório. Geralmente o retorno às atividades habituais ocorre entre o segundo e o décimo dia. Cuidados devem ser tomados como observar se há dobra de cinta marcando a pele, pois isso pode causar marcas definitivas.O "inchaço" é normal e cerca de 80% regride nos primeiros 30 dias. O resultado definitivo podemos observar entre os 3 e 6 meses de pós operatório.



Houve uma banalização dos procedimentos de cirurgia plástica. A lipoaspiração é um procedimento cirúrgico e deve ser tratado com toda a seriedade que merece. Existem inclusive normas do Conselho Federal de Medicina e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, específicas sobre a lipoaspiração. O objetivo é evitar práticas inconseqüentes, como por exemplo, lipoaspiração em consultório ou sem um anestesista.
Há um limite de retirada de até 5% do peso corporal para a lipoaspiração seca e até 7% do peso corporal para a lipoaspiração úmida. Esses valores podem ser removidos de até 40% da extensão do corpo. É obrigatório que a clínica / hospital onde for realizado o procedimento, disponha de UTI e convênios com bancos de sangue.


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