quarta-feira, 29 de junho de 2011

O QUE É CARBOXITERAPIA?


A carboxiterapia consiste em uma técnica de aplicação de CO2 (gás carbônico - um gás exalado fisiologicamente na respiração) de altíssima pureza sob a pele, com resultados efetivos nos tratamentos de flacidez, celulite, estrias, calvície, rugas palpebrais e olheiras, necroses cutâneas, algumas cicatrizes inestéticas, estímulo cicatrização de feridas, etc. Há ainda descrições de seu uso no tratamento de arteriopatias, flebopatia, úlceras vasculares e psoríase.
O CO2 utilizado com objetivo medicinal é um gás inodoro não tóxico, não embólico e, portanto, se utilizado corretamente é isento de complicações. A carboxiterapia é um método antigo, já usado desde o início do século XX em lesões vasculares, com resultados mais que satisfatórios. Iniciou-se então a carboxiterapia em 1932 na estação termal de Royat na França, para o tratamento de arteriopatia obliterantes,
Diversos estudos demonstraram a melhora de parâmetros locais da circulação, elasticidade cutânea e redução da adiposidade localizada.
O gás carbônico é um gás atóxico, não embólico e presente no metabolismo tissular. Ele atua na microcirculação vascular do tecido conjuntivo, promovendo vasodilatação e aumento da drenagem veno-linfática.
O mecanismo de ação baseia-se em: (1) Vasodilatação arteriolar, pois o CO2 age diretamente sobre o músculo da parede do vaso, causado relaxamento e vasodilatação; (2) Neoangiogênese local; (3)Efeito Bohr, causando uma hiperoxigenação reativa à presença do CO2 local; (4)  Ativação de receptores por hiperdistensão do tecido celular subcutâneo e lipólise mecânica direta.

ESTRIAS
É onde vemos um dos melhores efeitos estéticos da carboxiterapia. Recomenda-se que as aplicações sejam a cada 15-21 dias, com efeito duradouro, pois estimula a “neocicatrização” da estria. Diminui de espessura e vai assemelhando à tonalidade corporal. A aplicação é feita no trajeto da estria, com baixo fluxo.


FLACIDEZ
Há uma melhora da elasticidade cutânea por aumento e melhora da distribuição do colágeno. Tal constatação está relacionada à melhora da perfusão cutânea. Há que se lembrar que a produção de colágeno se dá em 30-40 dias, por isso o resultado não é imediato. A aplicação é um pouco mais profunda que na estria, apesar de ainda superficial, no trajeto da retração cutânea desejada.

CELULITE (PEFE)
A celulite está relacionada a um aumento da viscosidade do interstício e dificuldade de trocas entre o microcírculo vascular e o adipócito. A injeção local de CO2 leva à melhora das vascularização, incrementa o metabolismo celular predispodondo à lipólise e ainda pode “afrouxar e até romper” mecanicamente as traves fibrosas responsável pelo efeito casca de laranja. Por isso a aplicação é profunda e com fluxo maior. Necessita de uma freqüência de aplicações de cerca de 2 vezes por semana.


GORDURA LOCALIZADA
A ação se dá através da quebra mecânica e aumento do metabilismo local. Necessita de uma freqüência de aplicações de pelo menos 2 vezes por semana. O nível de aplicação é mais profundo, bem a nível de subcutâneo, com um fluxo e volume maiores.

OLHEIRAS
Atua diretamente na vascularização local, melhorando-a. Ainda, estimula a retração cutânea. É eficaz também como adjuvante no tratamento de finas rugas superficiais perioculares. O protocolo de uso é de 1 vez ao mês. Se feito com uma freqüência maior, pode ser lesivo, aumentando a flacidez local.

Devido a todos os mecanismos e efeitos já citados, a carboxiterapia tem sido cada vez mais freqüentemente aplicada. Há relatos inclusive de regressão de áreas de necrose cutânea pós cirurgia plástica em face e abdome, quando utilizadas precocemente. E ainda, adjuvante quando usada em associação a outros métodos como ultrassom superficial e lipoaspiração.

Por se tratar de tipo de gás já produzido no próprio organismo, não há relato de reações alérgicas. As contra-indicações são por alterações de coagulação ou intolerância pessoal, como o medo de agulhas. A sensação experimentada durante a aplicação bem feita é a de calor e/ou leve ardor local ou dependendo do caso, o descolamento. Pode ser sentido prurido enfisema subcutâneo (descrito por algumas pacientes como “flofe”) no local da aplicação. Pode também ser visto um eritema (vermelhidão) próximo à região tratada. Todos transitórios e que são um reflexo da ação ao melhorar a vascularização, drenagem venolinfática e estimular a cicatrização. Inexiste qualquer restrição após o tratamento.



Como existem diversas variáveis como o local, profundidade, fluxo e volume aplicados; de acordo com o objetivo do tratamento, é necessário que se procure um profissional experiente e com excelente formação para fazê-lo. Deve-se ter cuidado, pois existem muitas ofertas com pouco conhecimento da amplitude do assunto.


A carboxiterapia é um procedimento médico.

2 comentários:

  1. na amamentacao pode se fazer carboxi...?

    ResponderExcluir
  2. Não existe contra-indicação formal, mas pode ser desconfortável pois a mama costuma se encontrar mais sensível.

    ResponderExcluir