sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

França vê problemas em 25 mil próteses de mama implantadas em brasileiras



23/12/2011 15:53 - Portal Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está aguardando a conclusão de autoridades francesas da área de saúde para decidir que orientações serão dadas às brasileiras que implantaram cerca de 25 mil próteses de mama PIP (sigla para Poly Implant Prothèse). De acordo com o governo francês, há suspeitas de que o gel de silicone seja de má qualidade e apresente mais chances de se romper.
Autoridades francesas aconselharam nesta sexta-feira (23) cerca de 30 mil mulheres do país que fizeram operações para aumentar os seios a retirar seus implantes, segundo a BBC Brasil. As operações serão pagas pelo governo francês.
Fabricadas pela empresa PIP, as próteses vêm se rompendo em uma taxa acima do normal, pelo menos na França. A Anvisa informou à Agência Brasil que está acompanhando o desenrolar das investigações, que provavelmente a responsabilidade pela retirada dos implantes será do fabricante e que o caso deverá ser resolvido no âmbito do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), órgão vinculado ao Ministério da Justiça.
Ainda de acordo com a Anvisa, as orientações sobre procedimentos que deverão ser adotados pelas mulheres que implantaram próteses de mama PIP dependem ainda das informações que serão repassadas pela França. Caso a orientação seja a de retirada das próteses, caberá ao Ministério da Saúde dizer a quem caberá a responsabilidade pelas cirurgias de retirada.
O implante desse tipo de prótese foi proibido no Brasil em 2010. Em todo o país, foram comercializadas 25 mil delas. Até o momento, segundo a Anvisa, nenhum funcionário da área de saúde registrou a ocorrência de problemas nas próteses implantadas em brasileiras.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Anvisa aprova uso da toxina botulínica contra enxaqueca



A toxina botulínica recebeu aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso no tratamento de enxaqueca. A aplicação será recomendada para a prevenção das crises de dor de cabeça fortes que caracterizam a doença. A toxina botulínica é obtida a partir da bactéria Clostridium botulinum.
A autorização foi concedida em 11 de abril a uma empresa que produz a substância, usada normalmente para enrijecer a pele e conservar a pessoa contra rugas e outros sinais da velhice. O uso cosmético da substância só foi aprovado pelo órgão do governo norte-americano responsável por regular alimentos e remédios (FDA, na sigla em inglês) em 2002.
Agora, as injeções da toxina poderão ser usadas no tratamento de uma doença que se caracteriza por dores de cabeças intensas, normalmente agravadas por fatores externos como luz, esforço físico, ruídos e odores. O paciente pode ter náuseas e vômitos durante as crises.
Estudos já apontavam a eficiência da substância no combate à enxaqueca desde 2006, quando um grupo de cientistas de Taiwan revelaram que o tratamento com a toxina reduzia a frequência e a intensidade das crises em até 60% dos pacientes testados.
Usada há 20 anos em pessoas que sofreram derrames cerebrais (AVC) ou problemas cervicais, a toxina botulínica também é autorizada no Brasil para o tratamento de casos de bexiga hiperativa.
Fonte: Do G1, em São Paulo